
Antecipação preocupação Ansiedade = aflições…
Uma tendência dos tempos atuais.
Estamos vivendo os momentos mais instáveis dos últimos tempos, na espera de dias mais tranquilos sem nos antecipar negativamente. A ansiedade faz parte da nossa vida, nos lembra quando as coisas não estão caminhando bem. Pode ser que tenhamos um problema específico que requer uma solução como: àquela prova escolar, vestibular, a ida ao médico, um problema financeiro, um trabalho novo, a perda do emprego, uma doença em família, uma tarefa de trabalho ou um chefe exigente etc. Mas isso não está mais em nossa rotina diária, tudo foi suspenso por tempo indeterminado e o estado de alerta, a ânsia de resolução aumenta!!Uma vez solucionado o problema a ansiedade baixa e não é mais necessário se manter em alerta. Agora precisamos ficar mais atentos com essa nova realidade!
Quando sentimos ansiedade, se cria um circulo vicioso, como se ao estarmos ansiosos percebemos melhor os nossos problemas e dores, o que nos leva a ficar mais ansiosos. Também quando ansiosos, por querer antecipar uma situação, ficamos confusos, costumamos a nos concentrar e prestar atenção, focar no motivo de nossa ansiedade, no problema, o que aumenta a possibilidade de interpretação equivocada. Em altos níveis a ansiedade pode levar ao stress, ao medo ou pânico como também a depressão. Algumas pessoas nascem com uma tendência do sistema nervoso para serem mais ansiosas na maioria das situações ameaçadoras. Isso foi definido por pesquisadores como traço de ansiedade. O traço de ansiedade está relacionado com o estado de ansiedade. Mas enquanto o traço é mais estável e mais crônico, o estado é momentâneo, pois depende de algo que gera ameaça concreta como um incêndio, a pandemia que estamos enfrentado, a possibilidade de contaminação ou onde possa estar envolvido um familiar por ex.

No entanto o traço de ansiedade pode ser modificado, uma vez que você aprenda a administrar esse estado diante dos acontecimentos cotidianos. A ansiedade pode ser especifica ou generalizada. Se todo estimulo ou nova situação gera ansiedade, esta pode evoluir para um quadro de ansiedade generalizada, ou seja, tudo me deixa ansioso.
Os sintomas físicos mais comuns são: agitação, sudorese, boca seca, tremores, palpitações, dor no peito, sensação de falta de ar, tonturas, enjôos, cansaço ou fadiga, nó na garganta, falta de apetite, distúrbios gastrointestinais, dores de cabeça ou cefaléia, tensão etc. Também associado aos sintomas físicos estão os psíquicos: pressão, sensação de alerta, aumento da tensão, medo e temor como se algo de pior fosse acontecer. Preocupação, irritabilidade, desatenção, dificuldade de concentração, problemas de memória, insônia entre outros. Não podemos evitar totalmente a ansiedade, mas podemos buscar recursos para controlá-la, administrando e assim diminuí-la.
Independentemente de você professar uma crença religiosa ou não, Cristo Jesus o médico da alma recomendou; “Não vos aflijais, dizendo: Que comeremos ou que beberemos, ou com que nos cobriremos? Porquanto vosso Pai sabes que tendes necessidade de todas elas. Buscai primeiramente o Reino de Deus e a sua justiça, e todas essas coisas se vos acrescentarão. E assim não andeis inquietos pelo dia de amanhã. Por que o dia de amanhã a si mesmo trará seu cuidado; ao dia basta sua própria aflição”. (Mateus, VI: cap. 19, 21, 25,34).
Algumas sugestões praticas podem contribuir para reduzir o estado de ansiedade: – Se observe no que você está focado, avalie a necessidade de antecipação.
– Você pode mudar o entendimento dessa “preocupação” ou busque ajuda com os quais convive e trabalha.
– Coloque-se pequenas metas, aprenda a controla o medo através da respiração consciente e do relaxamento, fale consigo mesmo e se questione o que de pior pode lhe acontecer, e a partir disso avalie se esse medo é real ou imaginário.
– Se não conseguir quebrar o círculo vicioso e isso já está transtornando sua vida, procure ajuda com um profissional de saúde mental.
– O Psicólogo está preparado para ajudar a você se ajudar, se necessário te recomendará a procurar um médico Psiquiatra para uma avaliação no sentido do uso de medicamento.